No dia em que a AGIC celebra 20 anos, partilhamos o texto escrito pelo sócio nº 1, Luís Lopes. Parabéns a todos os associados que dão alma à AGIC.
De acordo com o Bilhete de Identidade da AGIC, esta nasceu em Lisboa, no dia 13 de Maio de 2004. Faz agora, portanto, vinte anos de existência. Útil.
Porém, a ideia duma instituição (associação) que representasse mais adequadamente as profissões de Guia-Intérprete e Correio de Turismo, esmagadoramente exercidas em “regime livre”, nasceu muito antes.
Tive o privilégio de conhecer, no final da década de 70, o nosso saudoso colega Alberto Alves com quem haveria de privar durante anos a fio. Tivemos, ao ritmo de uma vez por semana, encontros durante os quais conversámos sobre vários aspectos do exercício das duas profissões e da sua evolução ao longo dos tempos. O Alberto tinha o que me faltava quase por completo: a experiência profissional e associativista de antes do 25 de Abril. (Eu acabei o curso em 1973).
As nossas intermináveis conversas e partilha de experiências e vivências levou-nos a concordar que profissões exercidas em “regime livre” seriam mais adequadamente representadas – e defendidas! – através de uma Associação Profissional. E que esta até poderia evoluir, no tempo próprio, para uma Ordem.
Dessa conclusão a um projecto foi um ápice. E foi esse, em estado ainda embrionário, mas formado nos consensos facilmente conseguidos, que foi apresentado numa Assembleia Geral do Sindicato (da qual o Alberto Alves era então o Presidente, e por iniciativa deste). Tive o prazer de fazer, a convite, esta apresentação aos colegas sindicalizados (como eu, na altura) acompanhada de palavras de apoio do nosso saudoso colega. A receptividade foi, no geral, muito boa.
Daí, passou-se à fase seguinte: a formação dum grupo de profissionais já identificados com o projecto, com a missão de organizar um congresso nacional, fazendo a sua divulgação e enviando convites à participação de todos. Simultaneamente, o mesmo grupo construiu uma plataforma programática para apresentar nesse congresso e selecionou, após convites nesse sentido, as intervenções durante o mesmo. Fizeram parte dessa Comissão Organizadora do Congresso Nacional dos Guias-Intérpretes e Correios de Turismo – o primeiro de sempre – os seguintes colegas, com funções diferentes: Ana Paula Gil, António Gomes, Carla Gomes, Cristina Evo, Cristina Moreira, Gabriela Carvalho, Isabel Barreiro, Isabel Correia, Paula Marques e eu próprio, Luís Lopes.
Durante este congresso, que teve lugar no Hotel Holiday Inn Lisboa, no dia 31 de Janeiro de 2004, houve várias comunicações por parte de colegas de diferentes geografias e sobre variadas problemáticas e preocupações. No final, e depois da intervenção do Dr Brito e Silva, jurista que nos acompanhou, foi eleita a Comissão Instaladora da Associação Portuguesa dos Guias-Intérpretes e Correios de Turismo, constituída pelos os mesmos colegas que organizaram o congresso. Na mesma ocasião, mais de uma centena de profissionais (!!!) fizeram de imediato a sua pre-inscrição na futura associação, com o pagamento do valor aprovado como jóia.
É justo adicionar, como notas de curiosidade, que: o nome da Associação não poderia ter sido outro e, portanto, surgiu naturalmente; a sigla AGIC foi proposta pela Gabriela Carvalho e, imediatamente, aceite porque resolveu a nossa maior dor de cabeça. Finalmente, foi aprovado, por proposta minha, o Astrolábio projectando a sua imagem – Passado que se projecta no Futuro e o inspira, mas também Viagens/Turismo, Comunicação e Informação – que saiu da mão de Inês Gato, designer de comunicação e pintora.
Assim nasceu a AGIC – Associação Portuguesa dos Guias-Intérpretes e Correios de Turismo. Penso que ao longo destes vinte anos cresceu muito bem, venceu as suas inevitáveis dificuldades iniciais e dores de crescimento, fruto do empenho e do esforço dos seus sucessivos órgãos dirigentes e da participação activa dos seus sócios, nas sempre bem participadas assembleias gerais.
Por isso, a AGIC é hoje um interlocutor cada vez mais válido, ouvido e respeitado no tão importante sector do Turismo, não deixando nunca de defender os direitos e promover os interesses profissionais dos Guias-Intérpretes e dos Correios de Turismo, em geral, e dos seus associados em particular.
Brindemos, então!
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