Associação Portuguesa dos Guias-Intérpretes e Correios de Turismo
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O maravilhoso mundo das peregrinações, com os seus monumentos, imagens, relíquias e relicários, está diretamente relacionado com o fascínio dos homens da Idade Média pelos poderes milagrosos dos santos. Atraídos pelo poder das relíquias (corpos dos santos ou objetos a eles ligados), caminharam muitos milhares de homens e mulheres, de todos os estratos socias, por caminhos diferentes, em especial na direção de Compostela, na procura da proximidade do túmulo do apóstolo Tiago. Apesar de esta não ser a principal das peregrinações foi, sem dúvida, a mais famosa e hoje parece ter recuperado muito do poder atrativo que antes tinha. Foram trilhados caminhos que atravessam países e, no seu percurso, construíram-se mosteiros, catedrais, igrejas, albergues, pontes… Estas muitas construções foram, não raras vezes, verdadeiros “laboratórios artísticos”, onde arquitetos, escultores, pintores, ourives e outros artistas experimentaram novas formas, novos temas, novas estéticas. Faremos percursos “no tempo e do espaço” dos caminhos de Santiago (em especial em França, Espanha e Portugal) onde se encontram algumas das mais relevantes obras artes românica e gótica e veremos como refletem a estreita ligação às correntes religiosas, às alterações socioeconómicas, mas também aos medos e desejos mais profundos do homem comum.
Paulo Almeida Fernandes (Lisboa, 1974) é Doutor em História da Arte pela Universidade de Coimbra e Mestre em Arte, Património e Restauro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, instituição onde se licenciou em História, variante de História da Arte. Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é membro integrado do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património (Universidade de Coimbra) e colaborador do Instituto de Estudos Medievais (Universidade Nova de Lisboa). Foi relator da proposta de inscrição dos Caminhos Portugueses de Peregrinação a Santiago de Compostela na lista indicativa apresentada por Portugal à Comissão Nacional da UNESCO (2015) e assessor científico do Projeto de Valorização Cultural e Turística do Caminho de Torres (2016-2021). Para além de artigos da especialidade e de participações em congressos nacionais e estrangeiros sobre o culto a Santiago em Portugal, é autor dos livros Caminhos de Santiago (Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja e Turismo de Portugal, 2014), Guia dos Caminhos de Santiago (Porto Editora, 2018) e Caminho de Torres. História de um Caminho. Um Caminho na História (Consórcio de Comunidades Intermunicipais do Douro, Tâmega e Sousa, Ave, Cávado e Alto Minho, 2021).
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