Associação Portuguesa dos Guias-Intérpretes e Correios de Turismo
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Associação Portuguesa dos Guias-Intérpretes e Correios de Turismo
Se é verdade que os Portugueses dominaram a rota marítima entre a Ásia e a Europa durante as primeiras décadas de Quinhentos com relativa facilidade, ao contrário do que aconteceu com a América do Sul, encontraram no Índico uma rede comercial pré-estabelecida e bem organizada e a sua entrada nestes circuitos não se fez sem resistência. Nos finais de Quatrocentos, a Ásia já conhecera a expansão chinesa até à África Oriental, o domínio da navegação árabe no Índico e as viagens dos javaneses até Madagáscar e, ainda que estes contactos já não se encontrassem na sua pujança máxima, persistia uma notável vitalidade das relações mercantis. Os Portugueses, portanto, estenderam o comércio marítimo por via directa da Europa à Ásia, mas não criaram o tráfico intra-asiático. A questão que se lhes punha a seguir era, em que é que consistia exactamente tal tráfico intra-asiático e porque é que haveria de lhes interessar, visto não ter sido esse o motivo pelo qual partiram de Lisboa em 1497.
Tentarei analisar, ainda que sumariamente, a importância do conhecimento do tráfico intra-asiático e da sua aprendizagem para a consolidação da presença portuguesa no Índico e como a Coroa e os mercadores privados nele participaram, construindo progressivamente uma complexa rede de ligações marítimas de Moçambique às Molucas sob a tutela de Goa. Interessa-me descrever os vários arcos geográficos de comércio no Índico, como se procedia às trocas e como os portugueses se foram imiscuindo nesta complicada rede de tráficos.
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